domingo, 7 de outubro de 2007

Este fogo que me consome...


"Quando a tristeza vier ao seu encontro,

deixe sair dos olhos uma lágrima,

da boca um sorriso

e do coração uma prece,

pois não são covardes os que choram por amor,

mas sim aqueles que amam

com medo de chorar..."

Li, algures, que:

"tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu:

há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de chorar e tempo de rir;
tempo de abraçar e tempo de afastar-se;
tempo de amar e tempo de aborrecer;
tempo de guerra e tempo de paz"...

Parei um pouco para pensar...
como quem fica em frente a uma lareira,
onde o fogo crepitante estala e devora lentamente a madeira...

...Sinto que a vida é apenas um livro inacabado...
Como que se cada capítulo
fosse um pedaço de madeira...
atirado ao fogo da lareira...
Toda a "história" é feita de "tempos".
E é aí que surge o medo...
Passado, presente, futuro...
O que fomos, somos, quisemos ser?
O que tivemos, temos, conseguiremos ter?...
A Vida...
...uma manta de retalhos com que nos cobrimos,
recostados, confortávelmente, no velho sofá...
Enquanto o fogo vai crepitando na lareira,
e, lentamente, no rosto se desenha
uma lágrima,
um sorriso,
uma prece...
...o que fica da história para contar? ...